segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

We can grow strong

Ela se encontrava em um estado constante de felicidade. Todos os dias quando entrava no apartamento o o via ali, dormindo, ou via as roupas dele jogadas, ou os poemas espalhados pelo chão, ou a bagunça que o pequeno e colorido apartamento se tornara desde então, ou até mesmo o cachorrinho preto, dava um sorriso, um sorriso que mal cabia em sua face, eu seu corpo. Diziam que ela tinha emagrecido, que parecia mais bonita, mais jovem. Mais feliz. Quando parava para pensar, sentia medo, pois estava colocando tuda na mão dele. E se ele se cansasse de permanecer com elas fechadas e as abrisse? Se ele decidisses solta-la com toda a felicidade junto... Os os olhos azuis dela se enchiam de incolores gotas de líquido, então ele chegava, deitava ao lado dela, passava as mãos pelo cabelo castanho ondulado, limpava as lágrimas que já haviam descido e dizia para ela não se preocupar. Não se preocupar com nada, pois ele iria arrumar a bagunça. E então, imediatamente, a vontade de cantar na chuva voltava.
No final das contas, acho que era a felicidade que a fazia chorar.